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Estrela Poesia

A vida se faz caminhando,cada dia cada hora é único,mas sempre de mão dada com o amor

Estrela Poesia

A vida se faz caminhando,cada dia cada hora é único,mas sempre de mão dada com o amor

03.06.09

Corpo Celeste

maripossa

Um corpo quando se desfaz liberta pó
cinza de luz.
Eu encosto-me à tarde, contra a solidez
da terra. A melancolia arde
na palidez do corpo.
levantam-se do meu sono auroras.
Há fogos no céu que explodem
que se alimentam só do meu corpo.
Libertam-se anjos, focos brancos.
A terra leveda alada. Azeda.
Uma flor cresce entre as minhas vértebras
saudosa. Mergulha raízes
no Iodo do meu amor.
É uma estrela reabsorvida pelo céu
que se alimenta da minha morte.

 
Antonio Candido Franco

18.03.09

Madrugada

maripossa

É claro!! Sempre estava afim!
Uma noitada, música,
burburinho de vozes,
matizadas em vários tons...
Mais uma dose!!!
Estalar de copos, gargalhadas...
Mistura de sons!!!
É a boemia insone
exibindo falsa alegria,
procurando encher de amores
a madrugada vazia...
Já gostei...
...já fui assim!!
Hoje, a insônia, desabafo no papel...
Encontro marcado comigo!!!
Que ironia!!
Sou no momento, minha melhor
e mais fiel companhia...

 

Márcia Fasciotti

 

 

12.12.08

Flor

maripossa

Confundi-te com uma flor.

O que te diferenciou das orquídeas...

foi o teu rasgado

e franco sorriso.

O teu corpo,esbelto,

sobressaíndo do campo de lírios,

fazia inveja,as flores do Paraíso

 

António Manuel da Luz Cabrita

 

14.11.08

Que as lágrimas levantem vôo

maripossa

Agora mesmo
és
um cisne.

os teus lagos são jardins do Nada

há pássaros infinitos à revelia e
cultivas laranjas em varandas
de fogo                                    

Secretos vasos

desço então pelas tuas asas
de lágrimas:
de
neve
e
ouro

Depois nada mais faço

que as lágrimas levantem vôo
da tua

infinita    

face


Maria Azenha

 

31.10.08

Este Livro

maripossa

Este livro. passa um dedo pela página, sente o papel
como se sentisses a pele do meu corpo, o meu rosto.

este livro tem palavras. esquece as palavras por
momentos. o que temos para dizer não pode ser dito.

sente o peso deste livro. o peso da minha mão sobre
a tua. damos as mãos quando seguras este livro.

não me perguntes quem sou. não me perguntes nada.
eu não sei responder a todas as perguntas do mundo.

pousa os lábios sobre a página. pousa os lábios sobre
o papel. devagar, muito devagar. vamos beijar-nos.

 

José Luís Peixoto

 

28.10.08

Fio

maripossa

No fio da respiração,
rola a minha vida monótona,
rola o peso do meu coração.


Tu não vês o jogo perdendo-se
como as palavras de uma canção.


Passas longe, entre nuvens rápidas,
com tantas estrelas na mão...


— Para que serve o fio trêmulo
em que rola o meu coração?

 

Cecilia Meireles

22.10.08

Vazio de poesia

maripossa

Canto um canto quase grito...risonho,
                       Para o mar, para o albatroz, para o mundo,
Para o horizonte, para o momento...
                          Embora eu me sinta cheio de alegria,
E o meu cantar brote do profundo de mim,
                        Ele ecoa sozinho e se vai aos ventos.

Emudeço e sou entendido por ouvidos,
                        Que sem sentido, partem por partir...
Não compreendo o porquê da minha voz...
                           Nem por que estou vazio de poesia.
Antes não tivesse acordado do sonho,
                           Que eu vivia e, doando, o quis distribuir

 

Antonio Miranda Fernandes

 

 

19.09.08

Desejos

maripossa

 

Agora eu estou com vontade de chorar
E eu ainda nao descobri porque
mais cedo eu estava com vontade de rir
E também nao sabia porque

 

Mais tarde talvez eu tenha vontade de dançar
e Talvez eu não saiba porque
Ou posso também ter vontade de gritar
E com certeza não saberei porque

 

OU quem sabe eu tenha vontade só de viver
sem precisar mesmo saber porque
ou ainda... posso querer... morrer
E assim, ninguém vai precisar saber porque


Arturo Angelin

 

04.07.08

Adormecidos

maripossa

Tudo passa e tudo vem,

na vida existe sempre uma despedida,

um encontro,uma lágrima que com o tempo cai.

E à medida que percorremos as horas

que nos afligem,há uma parte de nós

que chama,que grita pelo

Paraíso que quase ninguém sente:

Nele esta tudo o que era e que já pouco se revela;

nele vivem os olhos de um anjo

que só pede para voar

 

Sofia Fernandes

 

30.06.08

Esboço de Uma Hora

maripossa

Estou só e a cidade está deserta.
Solidão povoada de murulhos...
janela aberta,luzes apagadas
E as cortinas ao vento,
Como asas libertadas.

 

Ó imigrante das noites sem lua
E êrmas de estrelas:
vem habitar o meu sonho camprestre.
Traz a flauta e as flores
De perfume silvestre.

 

Quero voar contigo
Entre nuvens de tule
Sem destino e sem mágoa,
Ao sopro brando e fresco.
De limoeiros e guitarras de água.

 

Soledade Sumavielle

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