Vazio de poesia
Canto um canto quase grito...risonho,
Para o mar, para o albatroz, para o mundo,
Para o horizonte, para o momento...
Embora eu me sinta cheio de alegria,
E o meu cantar brote do profundo de mim,
Ele ecoa sozinho e se vai aos ventos.
Emudeço e sou entendido por ouvidos,
Que sem sentido, partem por partir...
Não compreendo o porquê da minha voz...
Nem por que estou vazio de poesia.
Antes não tivesse acordado do sonho,
Que eu vivia e, doando, o quis distribuir
Antonio Miranda Fernandes