Despir-te
Despir-te
a sentir a elegância da tua chegada
é exitante.
Tudo se distingue. Teu olhar giesta.
Teu silêncio de outono. Tua pele de plantas.
Anuncio-te a mim. Tarde me vi flor
para a abelha poisar sonora.
Poisaste. Teus ombros eram uma espécie de
céu esguio
nas veredas da cama destinada.
Pouco mais sei. No sítio da sofreguidão
uma outra sofreguidão repõe o apetite.
É nesse intervalo que caminho.
Artur Lucena