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Estrela Poesia

A vida se faz caminhando,cada dia cada hora é único,mas sempre de mão dada com o amor

Estrela Poesia

A vida se faz caminhando,cada dia cada hora é único,mas sempre de mão dada com o amor

17.07.07

Palavras

maripossa

Fiz calar o coração de palavras

Feitas ao vento em dias de solidão

Palavras sem sentido, mas molhadas

 De amor, paixão e ternura mas! Caladas.

 

Eram palavras, sinceras de amor, sem fim

Como a ternura da noite ali em mim.

Do tempo, que estavas, me olhavas!

Das palavras, que não disse, mas estão em mim

Estrelapoesia

13.07.07

Botões de Rosas

maripossa

Colham botões de rosas enquanto podem,
O velho Tempo continua voando:
E essa mesma flor que hoje lhes sorri,
Amanhã estará expirando.

O glorioso sol, lume do céu,
Quanto mais alto eleva-se a brilhar,
Mais cedo encerrará sua jornada,
E mais perto estará de se apagar.

Melhor idade não há que a primeira,
Quando a juventude e o sangue pulsam quentes;
Mas quando passa, piores são os tempos
Que se sucedem e se arrastam inclementes.

Por isso, sem recato, usem o tempo,
E enquanto podem, vivam a festejar,
Pois depois de haver perdido os áureos anos,
Terão o tempo inteiro para repousar

Robert Herrick

11.07.07

Pérola Solta

maripossa

Sem que eu a esperasse,
Rolou aquela lágrima
No frio e na aridez da minha face.
Rolou devagarinho...,
Até à minha boca abriu caminho.
Sede! o que eu tenho é sede!
Recolhi-a nos lábios e bebi-a.
Como numa parede
Rejuvenesce a flor que a manhã orvalhou,
Na boca me cantou,
Breve como essa lágrima,
Esta breve elegia.

 

 

 

José Régio

 

 

10.07.07

A Concha

maripossa

A minha casa é concha. Como os bichos
Segreguei-a de mim com paciência:
Fechada de marés, a sonhos e a lixos,
O horto e os muros só areia e ausência.

Minha casa sou eu e os meus caprichos.
O orgulho carregado de inocência
Se às vezes dá uma varanda, vence-a
O sal que os santos esboroou nos nichos.

E telhadosa de vidro, e escadarias
Frágeis, cobertas de hera, oh bronze falso!
Lareira aberta pelo vento, as salas frias.

A minha casa... Mas é outra a história:
Sou eu ao vento e à chuva, aqui descalço,
Sentado numa pedra de memória.

Vitorino Nemésio

07.07.07

Teus Olhos

maripossa

Olhos do meu Amor! Infantes loiros
Que trazem os meus presos, endoidados!
Neles deixei, um dia, os meus tesoiros:
Meus anéis, minhas rendas, meus brocados.

Neles ficaram meus palácios moiros,
Meus carros de combate, destroçados,
Os meus diamantes, todos os meus oiros
Que trouxe d'Além-Mundos ignorados!

Olhos do meu Amor! Fontes... cisternas...
Enigmáticas campas medievais...
Jardins de Espanha... catedrais eternas...

Berço vindo do Céu à minha porta...
Ó meu leito de núpcias irreais!...
Meu sumptuoso túmulo de morta!...

                           Florbela Espanca

 


06.07.07

Poeira De Deus

maripossa

Tu és e serás a poeira que Deus escreveu para mim.

Um livro de histórias, verdadeiras, de Amor

 Sonhos e esperança, sem medida e emoções

De palavras, ditas e não ditas, mas cinseras

Guardadas no coração e na alma! A tua

Pois só ele sabe, o que escreve o que ele sabe…

O que é importante para ti e para mim…

Pois sempre ele sabe, escrever direito!

Nem que seja por linhas tortas!..

Esta é sua palavra…

maripossa

04.07.07

Poemas da Terra

maripossa

Já foi tão pequeno nesta terra

Que recordo de ter das frases

A infinita doçura do odor das flores

Perto de junho

E de ter um corpo tão livre

Como só as flores de junho conseguem,

Antes de serem colhidas

E,por amor,

Morrerem no colo de algém

Que não sabia.

02.07.07

Malmequer

maripossa

O malmequer em teu seio

Finge que me olha

Breve excessivamente

Violaceo cristalino

Espera nos frutos maduros

O oiro de verão

vai secando em meus dedos

O cigarro e a tarde em espirais

Teimando nas catedrais do fumo

Sem vento para abandonar-te

Visto-me a tua viagem

 

01.07.07

De Ti

maripossa

Quero o abraço e o beijo

E o Amor e o espaço

Em branco

Que vejo

Quando

Olho para a frente

Procurando encontar a viagem

Que descobrimos juntos

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